sábado, 22 de maio de 2010
A Promessa do Espírito Santo
Jesus ainda nos ensina que a presença viva de Deus acontece como consciência na vida daqueles que andam no amor que, invariavelmente, revela-se na obediência – “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” ( v21). Não que a presença de Deus só se manifeste após a obediência. Ele é fiel, e mesmo que sejamos infiéis, ele não pode negar a si mesmo. A questão é que a obediência nos faz sensíveis a presença amorosa de Deus. É por isso que só quem perdoa sabe que foi perdoado; só quem ama o próximo sabe ser amado por Deus. Somente aqueles que caminham no amor-obediência a Deus experimentam no dia-a-dia a presença viva do amor de Deus.
Jesus nos garante que sua presença viva é fielmente manifestada na pessoa do Espírito Santo, o Consolador – “ E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador...o Espírito da verdade”. O Espírito Santo é o sim de Deus que, de uma vez por todas, declara que somos filhos adotados com amor eterno. O Espírito Santo intercede por nós, vive em nosso ajuntamento – “ habita convosco ” - e em nosso interior – “ estarás em vós”.
Deus concedeu o dom do Espírito Santo a todos os que foram feitos filhos de Deus mediante a fé em Cristo. Louvemos a Deus por tamanha graça!
Em Cristo, Júlio Marçal.
A Mensagem da Cruz - entrega total
Lucas 23: 46
A última fala de Jesus Cristo na cruz foi uma oração de entrega confiante no amor do Pai - “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”.
Essa oração foi uma citação do Salmo 31: 5. Neste salmo Davi eleva seu clamor a Deus em meio a um turbilhão de forças esmagadoras: ameaças de morte (v4 e v8); angústias da alma (v9 e v10); injúrias(v11), desamparo (v12). Com o passar do tempo o “em tuas mãos entrego o meu espírito” tornou-se uma tradicional oração ensinada pelas mães israelitas a seus filhos, a ser recitada antes do sono noturno.
Seja na boca do rei Davi, na prece de uma criança ou no último clamor da cruz de Cristo, “em tuas mãos entrego espírito” é uma extraordinária declaração de fé daqueles que reconhecem que a garantia da verdadeira segurança está apenas nas mãos do Pai Celeste.
No Cristo crucificado aprendemos que nem mesmo as mais terríveis ameaças desta vida são capazes de roubar a confiança no amor do Pai. Abandonado por seus amigos, estando sob a tortura da cruz, do escárnio dos seus inimigos e sofrendo da angústia da dor do desamparo por causa dos nossos pecados, Jesus permaneceu firme na confiança em Deus. A cruz não seria o seu fim, pois os que descansam em Deus pacificam o próprio coração na certeza de que o Senhor resplandecerá o seu rosto sobre os seus servos.(Salmo 31: 16).
As palavras de Cristo na cruz começam e terminam em Deus. Em sua primeira fala ele diz: “Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem” e termina sua missão na cruz falando ao Pai: “em tuas mãos entrego o meu espírito”. Aos pés da cruz de Cristo aprendemos que uma vida que começa e termina em Deus não pode ser vencida nem mesmo pelo poder da morte. Nosso Senhor Jesus fez da cruz, aquilo que seria um símbolo de vergonha e dor, o trono de glória de onde emana o poder do amor que tudo vence.
Que o espírito do perdão, da graça, do cuidado com o outro, da fé, da sede de Deus, da certeza na obra consumada na cruz e da entrega a Deus estejam em todos nós.
Em Cristo, Júlio Marçal, pastor.
A Mensagem da Cruz - satisfação plena
Tenho sede ... João 19: 28
Na cruz, Jesus disse: Tenho sede. Ele já havia oferecido perdão aos seus inimigos, prometido salvação a um ladrão, feito provisão para o futuro de sua mãe e clamado ao Pai em meio às sobras do abandono da cruz e agora, através desse clamor, demonstrava sua plena identificação com os sofrimentos físicos de todos os seres humanos.
Após seis horas de derramamento de sangue, além da desidratação decorrente do clima e da temperatura daquela região, o corpo de Jesus clama por água. A cruz nos apresenta um Cristo plenamente humano, sujeito às dores e aflições de todos nós.
É justamente por causa da verdadeira humanidade de Jesus que seus discípulos podem se dirigir a Deus com a certeza que são devidamente compreendidos. Nas palavras do escritos de Hebreus: “ Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” . Hb. 4: 14-16.
Durante suas andanças, ensinando e pregando as Boas Notícias do Reino, Jesus falou de outra sede que precisa ser saciada; “... Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” João 4: 14. A vida de Jesus foi impulsionada pela sede de fazer a vontade do Pai, oferecendo a si mesmo como sendo a água capaz de matar a sede interior de todos nós. A sede de vida, de amor, de compreensão, de segurança e de paz apenas é saciada na pessoas de Jesus Cristo.
Jesus teve sede da água capaz de saciar o corpo físico a fim de que possamos ter sede da água capaz de saciar o clamor do coração - “ Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; o meu corpo te almeja, como árida, exausta, sem água” Salmo 63: 1.
Em Cristo, Júlio Marçal, pastor.
A Mensagem da Cruz - Missão cumprida
Na cruz, depois de horas de sofrimento e, logo após ter experimentado o amargor do vinagre, Jesus anuncia que Sua missão no mundo havia terminado. Disse: “ Está consumado.”
Lemos no evangelho de Marcos que Jesus deu “um grande brado”, e que o “véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (15:38), abrindo-se e dando acesso ao Santo dos Santos, ao lugar da Presença do Deus Eterno, no qual o sumo sacerdote podia entrar somente uma vez ao ano. Ou seja, o brado “está consumado” nos declara que o resultado da missão de Jesus foi alcançado, ou seja, de nos proporcionar livre acesso a Deus mediante o poder de seu sangue derramado na cruz. A qualquer momento, a qualquer hora e qualquer um que tenha fé em Jesus tem um amplo e favorável caminho aberto à presença de Deus. Já não há mais nenhuma barreira entre Deus e os homens; o muro de inimizade foi derrubado de uma vez por todas.
“Está consumado” nos declara que todos os que crêem na eficácia do sacrifício de Cristo são adotados por Deus como Seus filhos e se tornam membros do Corpo de Cristo (Efésios 1:5-6).
“Está consumado’ é o brado de vitória! Sim, a cruz não foi sinal de derrota, de um Deus frustrado que foi silenciado pela violência de homens cruéis. A cruz de Cristo anuncia a vitória de Deus no seu eterno propósito de redimir homens e mulheres. Na cruz foi cancelado todo escrito de dívida que era contra nós.
“Está consumado” também significa o cumprimento da primeira profecia da Bíblia: a sentença pronunciada por Deus contra a serpente: “porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e sua semente: esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Genesis 3:15). O príncipe desse mundo, o diabo e seus anjos foram derrotados, pois pelo poder do sangue de Cristo, já não há mais acusações contra os filhos de Deus - é Cristo que os justifica!
Alegremo-nos na vitória de Cristo! Esta é a vitória que vence o mundo. a nossa fé!
Em Cristo, Júlio Marçal, pastor.
A Mensagem da Cruz - A dor do desamparo
Do meio-dia às três da tarde, trevas cobriram o mundo inteiro. Foi quando o Senhor gritou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparas-te?” Essa foi uma citação do primeiro verso do Salmo 22 que leva-nos a crer que o grito de angústia proclamado por Jesus na cruz expressou dores mais profundas que as de natureza física que lhe foram impostas pela tortura humana.
O Pai e o Filho sempre haviam vivido em perfeita e harmoniosa relação de amor e intimidade, mas na cruz, porque todos os nossos pecados caíram sobre os ombros do Filho, o Pai cobriu o seu rosto ante o horror da crucificação
“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (II Coríntios 5: 21).
Jesus experimentou a dor da separação! Jesus soube como é doloroso sentir-se abandonado. Por essa razão temos um sacerdote junto ao Pai que pode se compadecer dos nossos sofrimentos, inclusive da dor do desamparo.
“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” ( Hb 4: 14-16).
O desamparo experimentado por Jesus foi um mergulho que ele mesmo fez em nossos mais profundos sentimentos de morte (estar separado de Deus é a verdadeira morte) para que, de uma vez por todas, pudéssemos gozar da presença constante do Pai em nossas vidas. O próprio Salmo 22 proclama:
“ vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel. Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro”. (Salmo 22: 23 e 24).
Cristo vestiu a feiúra dos nossos pecados para que pudéssemos ser apresentados puros na presença do Pai. O Pai e o Filho, por amor, amargaram a dor da separação para que fosse possível nossa eterna união com Deus.
A cruz de Cristo proclama o imensurável amor de Deus que foi capaz de sofrer a dor do abandono por nossa causa. Proclama o quanto o pecado é detestável aos olhos de Deus. Proclama que já não há mais lugar para o abandono na vida daquele que crer no Cristo crucificado.