segunda-feira, 19 de julho de 2010
Os discípulos de Jesus e a prática da misericórdia
sábado, 22 de maio de 2010
A Promessa do Espírito Santo
Jesus ainda nos ensina que a presença viva de Deus acontece como consciência na vida daqueles que andam no amor que, invariavelmente, revela-se na obediência – “aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” ( v21). Não que a presença de Deus só se manifeste após a obediência. Ele é fiel, e mesmo que sejamos infiéis, ele não pode negar a si mesmo. A questão é que a obediência nos faz sensíveis a presença amorosa de Deus. É por isso que só quem perdoa sabe que foi perdoado; só quem ama o próximo sabe ser amado por Deus. Somente aqueles que caminham no amor-obediência a Deus experimentam no dia-a-dia a presença viva do amor de Deus.
Jesus nos garante que sua presença viva é fielmente manifestada na pessoa do Espírito Santo, o Consolador – “ E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador...o Espírito da verdade”. O Espírito Santo é o sim de Deus que, de uma vez por todas, declara que somos filhos adotados com amor eterno. O Espírito Santo intercede por nós, vive em nosso ajuntamento – “ habita convosco ” - e em nosso interior – “ estarás em vós”.
Deus concedeu o dom do Espírito Santo a todos os que foram feitos filhos de Deus mediante a fé em Cristo. Louvemos a Deus por tamanha graça!
Em Cristo, Júlio Marçal.
A Mensagem da Cruz - entrega total
Lucas 23: 46
A última fala de Jesus Cristo na cruz foi uma oração de entrega confiante no amor do Pai - “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”.
Essa oração foi uma citação do Salmo 31: 5. Neste salmo Davi eleva seu clamor a Deus em meio a um turbilhão de forças esmagadoras: ameaças de morte (v4 e v8); angústias da alma (v9 e v10); injúrias(v11), desamparo (v12). Com o passar do tempo o “em tuas mãos entrego o meu espírito” tornou-se uma tradicional oração ensinada pelas mães israelitas a seus filhos, a ser recitada antes do sono noturno.
Seja na boca do rei Davi, na prece de uma criança ou no último clamor da cruz de Cristo, “em tuas mãos entrego espírito” é uma extraordinária declaração de fé daqueles que reconhecem que a garantia da verdadeira segurança está apenas nas mãos do Pai Celeste.
No Cristo crucificado aprendemos que nem mesmo as mais terríveis ameaças desta vida são capazes de roubar a confiança no amor do Pai. Abandonado por seus amigos, estando sob a tortura da cruz, do escárnio dos seus inimigos e sofrendo da angústia da dor do desamparo por causa dos nossos pecados, Jesus permaneceu firme na confiança em Deus. A cruz não seria o seu fim, pois os que descansam em Deus pacificam o próprio coração na certeza de que o Senhor resplandecerá o seu rosto sobre os seus servos.(Salmo 31: 16).
As palavras de Cristo na cruz começam e terminam em Deus. Em sua primeira fala ele diz: “Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem” e termina sua missão na cruz falando ao Pai: “em tuas mãos entrego o meu espírito”. Aos pés da cruz de Cristo aprendemos que uma vida que começa e termina em Deus não pode ser vencida nem mesmo pelo poder da morte. Nosso Senhor Jesus fez da cruz, aquilo que seria um símbolo de vergonha e dor, o trono de glória de onde emana o poder do amor que tudo vence.
Que o espírito do perdão, da graça, do cuidado com o outro, da fé, da sede de Deus, da certeza na obra consumada na cruz e da entrega a Deus estejam em todos nós.
Em Cristo, Júlio Marçal, pastor.
A Mensagem da Cruz - satisfação plena
Tenho sede ... João 19: 28
Na cruz, Jesus disse: Tenho sede. Ele já havia oferecido perdão aos seus inimigos, prometido salvação a um ladrão, feito provisão para o futuro de sua mãe e clamado ao Pai em meio às sobras do abandono da cruz e agora, através desse clamor, demonstrava sua plena identificação com os sofrimentos físicos de todos os seres humanos.
Após seis horas de derramamento de sangue, além da desidratação decorrente do clima e da temperatura daquela região, o corpo de Jesus clama por água. A cruz nos apresenta um Cristo plenamente humano, sujeito às dores e aflições de todos nós.
É justamente por causa da verdadeira humanidade de Jesus que seus discípulos podem se dirigir a Deus com a certeza que são devidamente compreendidos. Nas palavras do escritos de Hebreus: “ Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” . Hb. 4: 14-16.
Durante suas andanças, ensinando e pregando as Boas Notícias do Reino, Jesus falou de outra sede que precisa ser saciada; “... Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” João 4: 14. A vida de Jesus foi impulsionada pela sede de fazer a vontade do Pai, oferecendo a si mesmo como sendo a água capaz de matar a sede interior de todos nós. A sede de vida, de amor, de compreensão, de segurança e de paz apenas é saciada na pessoas de Jesus Cristo.
Jesus teve sede da água capaz de saciar o corpo físico a fim de que possamos ter sede da água capaz de saciar o clamor do coração - “ Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; o meu corpo te almeja, como árida, exausta, sem água” Salmo 63: 1.
Em Cristo, Júlio Marçal, pastor.